A Maratona de Boston é importante porque é a prova de 42 km mais antiga do mundo e era disputada desde 1897 sem interrupções mesmo em tempos de guerra. "Era", porque a pandemia de Covid-19 interrompeu a série invicta em 2020.
Boston é uma prova que os corredores e corredoras têm um tremendo orgulho de correr porque para participar da mesma você precisa ter um tempo de qualificação e isso dá uma sensação de "pertencimento" ao se posicionar para a largada. A opção de limitar o número de participantes se deve ao fato das ruas e avenidas pela qual o percurso passa serem estreitas por não comportar muita gente e, por isso, comprometeria a experiência da corrida. Nesse caso, a organização da prova decidiu usar o critério de meritocracia esportiva. Mesmo com essa limitação, estamos falando em um limite de 30 mil corredores.
A partir de 1970 os organizadores decidiram que para correr Boston você teria que ter uma maratona abaixo de 4 horas. Com o passar dos anos, mais gente quis correr a prova e os tempos de qualificação foram ficando mais exigentes. Atualmente, por exemplo, para correr Boston, por exemplo, um cara da minha idade, 51 anos, tem que ter corrido uma maratona abaixo de 3h25. Só com qualificação é possível correr? Não. Você pode receber um convite da organização ou patrocinadores, arrecadar grana para uma das entidades beneficentes afiliadas à prova (US$ 5 mil em média) e ou por agências de turismo esportivo credenciadas pela organização.
Sempre há dúvida em quais provas podem ser usadas para obtenção do índice para correr Boston. De acordo com a organização, basta que a maratona seja reconhecida pela federação nacional de atletismo do país.
MAS POR QUE EM UMA SEGUNDA-FEIRA? A Maratona de Boston é disputada na terceira segunda-feira de abril porque é o feriado do “Dia do Patriota”, dia em que são celebradas as batalhas de Lexington e Concórdia, ocorridas em 1775, umas das primeiras batalhas da guerra de independência americana.
Em 2023 é aguardado um número recorde de brasileiros correndo a prova, já que há 686 inscritos este ano, quando o maior número foi de 291 em 2019, antes de pandemia.